Hoje foi o dia da grande manifestação pela manutenção do SAP de Arcos de Valdevez (que também serve o concelho de Ponte da Barca).
Acordei cedo.... ainda não eram 6:20 e já a urgência das notícias me tirou do breve sono - eram 4.48 quando tinha acabado de colocar o 1º post neste blog não de protesto mas de defesa e passada hora e meia já estava novamente completamente acordado.
Durante a manhã mais uma série de visitas de amigos, da população que vem mostrar o seu apoio.
Alguém liga a informar-me que está imensa gente na manifestação (eu não acompanhei o trajecto, visto que o meu protesto é cumprir a greve de fome no SAP). Não sei o o que se disse nos discursos proferidos na Praça Municipal. Mas não deve ter andado muito longe do que se tem vindo a dizer nos últimos dias sobre esta questão.
Mais uma série de entrevistas... rádios, jornais e televisões. E mais palavras de apoio e de incentivo "é ele que está a lutar por nós" é a frase mais ouvida.
Surge a manifestação que se desloca lentamente ritmada por bombos - tão característicos do Alto-Minho. A tensão e a adrenalina sobem conforme se aproxima da zona do Centro de Saúde.
Os bombos troavam agora com mais fulgor e as palavras de ordem ganham uma nova força.
"Por nós... ajude-nos doutor", "Quem vai cuidar de nós?" "Façam alguma coisa que ninguém se importa connosco" "ninguém quer saber de nós"
A maioria dos manifestantes é idosa - num concelho maioritariamente constituído por idosos outra coisa não seria de esperar.
Algumas referências à famosa greve de fome do Eng. Daniel Campelo, e gritos de incentivo. Muitos. Respondo que no CDS/PP é assim que defendemos a comunidade: com força, vigor, convicção e determinação.
Abel Baptista liga-me (numa série de telefonemas que se estenderam ao longo do dia), seguido de Pedro Mota Soares e Nuno Melo.
Chamam-me para integrar a manifestação, o que faço com gosto e honra. Passados poucos momentos já estava novamente numa espiral de entrevistas que acabou pelas 15:30... [tomar nota mental - começar a organizar melhor os timings e momentos das mesmas... senão corro o risco de ficar sem voz, mas não calado].
O resto da tarde passou rapidamente - de referir que o SAP funcionou todo o tempo, nunca tendo as ambulâncias parado de chegar.
Entra uma mãe desesperada, com o filho deitado numa maca, prostado e com sangue por todos os lados. Ao sair do autocarro escolar tinha sido atropelado. Receava-se uma fractura craniana. Prestados os primeiros socorros e estabilizado o paciente (é incrível as coisas que aprendemos quando passamos algum tempo numa urgência) é efectuada a transferência para Braga, que tem a valência de neurocirurgia.
É este momento que o Presidente do Partido, Dr. Ribeiro e Castro escolhe para me ligar, manifestando o apoio e compreensão pelas causas da minha luta.
Agora quase me apetecia dizer que a hora de jantar se aproximava (piada de mau gosto).
Mais uma série de pessoas passa pelo SAP.
E mais uma noite se aproxima - esta que espero mais repousante e mais longa - estou cansado embora em plena forma.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
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4 comentários:
Da minha parte tens solidariedade!
Ontem o nosso acusou a oposição de dizer que queria mudar mas não queria as mudanças!
Quando as coisas estão mal, devem-se mudar, mas para melhor, nunca para pior!
Para eles, deve ser para melhor... não é à toa que em Mirandela vai surgir um hospital privado... com maternidade! Parece que afinal há população que o justifique!
Qual será o amigo do Sr. ministro que irá abrir Hospital privado do Alto Minho?
caro amigo,
força e coragem na sua luta... a causa é nobre...
Podes contar com a minha solidariedade até ao fim caro Rui, as pessoas não fazem noção do que é a realidade do Alto-Minho, tomam decisões frias e não têm em conta essa mesma realidade. Tens o meu apoio total, um abraço e força na tua luta!
É preciso ter muita coragem, generosidade e convicções fortes.
Admiro-o por isso.
Não deixe que transformem o seu acto num circo mediático.
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